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Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Ermo, Jacinto Machado, Maracajá, Meleiro, Morro Grande, Passo de Torres, Praia Grande, Santa Rosa do Sul, São João do Sul, Sombrio, Timbé do Sul, Turvo.
Nota Oficial SINTE ARARANGUÁ
Professoras e Professores da Regional de Araranguá. Recebemos diversas denúncias em relação a plataforma de ensino não presencial e principalmente sobre a nova funcionalidade do diário online.
Entendemos que é um momento sem igual na educação, e que todos tem feito grandes esforços para que possamos nos manter ensinando, pois, essa nobre missão já é conhecida pela capacidade de reinvenção e adequação. O que não podemos aceitar, de forma alguma, é que se sobrecarregue ainda mais os(as) professores(as), determinando-lhes, a cada nova semana, novas atribuições e responsabilidades, sobretudo que estas não se resultam em avanços concretos no processo de ensino-aprendizagem da educação catarinense.
O SINTE segue na luta, mesmo em tempos de pandemia, para que os(as) professores(as) possam focar em sua saúde, em sua segurança, e principalmente em seu real trabalho. Não concordamos com a nova funcionalidade do diário online por entender que esta deveria ter sido inserida e alimentada desde o princípio das aulas remotas, e que o preenchimento deste campo, de modo concomitante aos preenchimentos habituais do sistema (conteúdos ministrados, observações, avaliações, notas etc.), a elaboração de materiais para alunos sem acesso à internet, de vídeo aulas, edição e revisão de conteúdos didáticos, reuniões on-line, correção de avaliações, orientações de alunos e tantas outras responsabilidades que são funções do trabalho docente, acabam por sobrecarregar os(as) profissionais do Magistério Catarinense.
A orientação oficial é para que as/os trabalhadores/as em Educação articulem-se em suas unidades escolares e realizem individualmente denúncias em relação à nova ferramenta do diário on-line no site da Ouvidoria do Estado. Estas denúncias podem ser identificadas ou anônimas. Em Santa Catarina, os profissionais da Rede Estadual de Educação somam cerca de 32 mil e para que nossa voz possa ser realmente ouvida devemos abarrotar de mensagens a caixa da Ouvidoria do Estado.
Esclarecemos à população catarinense, que os(as) professores(as), durante este período em que se evidencia os cuidados em relação à vida e saúde, dedicaram e dedicam, ainda mais tempo preparando aulas para o ensino não presencial do que se estivessem trabalhando em suas respectivas salas de aula, utilizando uma plataforma da qual não tiveram treinamento prévio.
Os trabalhadores em Educação não recebem historicamente o reconhecimento que lhes é devido, de modo que desde 2015 permanecem com seus salários sem reajuste real.
Cabe ainda mencionar que os(as) professores(as) estão trabalhando fora de seu horário habitual de aula, em sábados, domingos e feriados. Temos clareza de que todos tem o direito de usufruir de seus dias de lazer e repouso. Portanto, o(a) professor(a) não tem nenhuma obrigação de lecionar além de sua carga de efetivo exercício. Não podemos conceber que é desta forma que se faz à educação.
Deste modo, não podemos naturalizar a sobrecarga de trabalho e responsabilidades que tem sido imposta aos trabalhadores(as) em Educação, sem qualquer diálogo democrático sobre as possíveis saídas e alternativas para à educação de Santa Cataria. Por fim, convém destacar que, se necessário for, iremos acionar a Justiça para defender os direitos dos profissionais da Educação.